LETTER 2# - NEM SÓ DE PUBLI VIVEM OS CREATORS.
O MAIOR EVENTO DE MARKETING DIGITAL DA AMÉRICA LATINA DEIXOU ESCANCARADO:
ENTRAMOS NA ERA DOS CRIADORES.
Marina Spreafico
27 de setembro de 2023
Em 8 minutos ou menos você vai descobrir nessa carta:
- Porque o dinheiro vai fluir para as mãos dos criadores de conteúdos inteligentes
- O que Gary Vee falou para quase 6.000 pessoas sobre ganhar publicidade de graça
- O que pessoas comuns podem fazer para não se perder com essa grande mudança, que está só começando
Belo Horizonte, agosto de 2023.
Conseguimos um feito raro.
Reunimos todos os membros da Coffeewriters no Fire Festival da Hotmart.
Foram 3 dias de evento, 4 palcos, muito conteúdo e uma percepção em comum:
Estamos entrando na Era dos Criadores.
Por que digo isso? De todas as novidades e tendências que a Hotmart trouxe nas palestras, quase 70% tinha relação com a Creators Economy.
Perpétuo, lançamento, copy, tráfego e outros assuntos mais comuns, ficaram completamente de lado.
Eu, particularmente, achei isso extremamente curioso.
Como eu não sossego até entender o porquê das coisas a partir de dados, fui atrás de mais informações e acabei entendendo a razão dessas novas narrativas.
Vamos aos dados…
Segundo uma pesquisa da YOUPIX, uma consultoria especializada no mercado de influência:
- US$ 15 BILHÕES é o que a Creator Economy movimentou em 2022 (Business Insider) e esse mercado já vale US$ 104 BILHÕES. (NeoReach)
- JÁ EXISTEM 20 MILHÕES DE CREATORS NO BRASIL (Factworks for Meta)
- 1 BILHÃO DE PESSOAS vão se identificar como Creators nos próximos 5 anos (Report Mavrck)
Ou seja, temos um mercado consideravelmente grande, que movimenta bilhões e que não parece desacelerar em nenhum futuro próximo.
Mas não é só isso…
Hoje, 40,1% dos creators têm nos jobs com as marcas sua principal fonte de receita. A nível de negócios, isso pode ser um problema, já que a receita criada a partir de publis com marcas é instável e não garante previsibilidade para os criadores de conteúdo.

Agora eu te pergunto:
Qual a habilidade que todo Creator domina?
O de ganhar e reter a atenção.
O problema é que, apesar da maioria dos criadores ter um canhão de atenção nas mãos, pouquíssimos têm a habilidade de monetizar o seu conhecimento e audiência.
E é esse gap que a Hotmart decidiu preencher.
E-books, cursos on-line, mentorias, consultorias, comunidades são produtos fáceis e rápidos de um criador de conteúdo montar.
Creators já possuem habilidades com produção visual, roteiros chamativos e um olhar para o que sua audiência acha interessante. Por isso, criar treinamentos sobre o que eles dominam ou até mesmo separar parte do seu conteúdo apenas para assinantes é um movimento muito fácil de ser feito.
“Nos próximos 10 anos, nós vamos ver uma mudança dramática de poder, que vai sair das plataformas – como a que eu trabalho – e vai migrar para um grupo de pessoas que eu chamo de CREATORS”
– Adam Mosseri, CEO do Instagram.
Mas não para por ai…
Segundo um Report exclusivo que a Hotmart liberou pra quem estava no Fire:
💡 Apenas 5% das pessoas com uma conta na Hotmart possuem um produto digital pra vender.
Ou seja, mesmo que pra nós – que estamos no mercado digital há um tempo – pareça que todo mundo está vendendo algo, que tudo já foi ensinado e que o mercado está saturado…
Ao que tudo indica, estamos apenas no começo.
E que o pai da Creator Economy tem a dizer sobre o assunto?
O convidado mais ilustre dessa edição do Fire, pra mim, com certeza foi ele:
Gary Vee, em pessoa.
Pai do marketing de conteúdo como conhecemos hoje, Gary compartilhou o que ele acredita ser o melhor posicionamento para os próximos anos:
- Esteja onde seu público está.
- Não pegue ranço de nenhuma plataforma.
- Ache o SEU jeito de produzir conteúdo.
- Faça com constância, por um longo período de tempo.
- Use a IA para te ajudar a criar melhor e mais rápido.
- Faça de forma intencional. Coloque direção e propósito na sua criação de conteúdo.
- Hoje, você pode se conectar DE GRAÇA com seu cliente. Por que você não está aproveitando isso ao máximo?
Gary é famoso por seu radar apurado pra identificar as próximas transformações que serão provocadas pela tecnologia. Não à toa, ele foi investidor-anjo de algumas das maiores companhias tecnológicas que surgiram nos últimos anos.
E ele tem um bom ponto. Antigamente, a empresa que decidisse fazer marketing precisava apelar para a mídia paga. Sem exceção. Ou você pagava pra anunciar em um jornal, na televisão ou em um outdoor, ou aceitava que o seu produto não ia ser o primeiro a passar na mente do seu cliente quando ele decidisse comprar.
Hoje você pode pegar o celular e simplesmente contar pras pessoas sobre o que você faz e vende.
E então? Se Gary nos manda produzirmos conteúdo, o que fazemos? Produzimos conteúdo…
Modo Big Business
Ainda na vibe Creators, a entrevista com a influenciadora e empresária Bianca Andrade foi a atração principal do dia um. Ela contou que sua marca de maquiagens, a Boca Rosa Beauty, tem previsão de faturar R$ 160 milhões neste ano.
A Boca Rosa Beauty foi fundada em 2018 e não é o único negócio de Bianca, que também é dona, Boca Rosa Company e da Boca Rosa Hair. Tudo isso, construído em cima do relacionamento com a sua audiência.
Bianca é criadora de conteúdo há 12 anos e lidera a direção criativa de campanhas para grandes marcas como Itaú e Chilli Beans.
Pra mim, a influenciadora é uma das maiores referências em unir com sucesso o digital ao tradicional.

Como você pode ganhar com isso…
Se você é infoprodutor ou expert:
- E souber misturar educação e entretenimento, com certeza vai sair na frente da maior parte dos concorrentes, que não entenderam ainda a mudança de consumo e comportamento. Não é necessário fazer dancinha, mas se você dominar a habilidade de criar narrativas, organizar ideias e passar informação de forma interessante, com certeza terá mais espaço no tempo de tela da sua audiência.
- A atenção viral não é suficiente. Quem quiser continuar relevante vai precisar: a) saber conduzir a atenção das redes em conversão e vendas; b) criar produtos bons, que gerem transformação real para os seus clientes.
Se você é copywriter, gestor de tráfego, designer, videomaker ou qualquer outro profissional do digital:
- Você vai observar nos próximos anos o crescimento de Creators como os próximos grandes players do mercado de infoprodutos. Quem sabe não é a hora de buscar atender outro tipo de produtor de conteúdo ou marca? Ou talvez se especializar em novos formatos, como roteiros de vídeo pro Youtube ou campanhas de vendas mais artísticas.
- Talvez seja o momento de pensar como você pode ocupar o seu lugar na Economia dos Criadores. Quem sabe não é a hora de tirar aquele projeto de infoproduto do papel ou aquela newsletter com as melhores coisas que você tem consumido. Seja criativo.
Pensado assim, um Creator é qualquer um que cria e contribui para esse novo mercado. Não só os influencers.
Qualquer um que possui uma expertise ou conhecimento pode participar e ganhar dinheiro com esse movimento econômico, que vai gerar muitos bilhões de reais nos próximos 10 anos.
É claro que é mais fácil falar do que fazer, mas eu te encorajaria a tentar.
Eu sempre prefiro te incentivar a ser um criador em um mundo formado, majoritariamente, por consumidores.
Nos falamos em breve,
Marina
